Por que Incontinência Urinária é mais comum em mulheres?

A Incontinência Urinária é uma condição comum que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Embora possa ser embaraçosa e impactar a qualidade de vida, é importante saber que existem opções de tratamento disponíveis. Neste post, discutiremos as causas, tipos e tratamentos para esse problema em mulheres. Tenha uma boa leitura!

 incontinência urinária

O que é a incontinência urinária?

A incontinência urinária é um problema de saúde que ocorre quando uma pessoa não consegue controlar a eliminação de urina da bexiga de forma voluntária. Isso pode resultar na perda de urina, seja em pequenas ou grandes quantidades, em momentos inapropriados, como ao tossir, espirrar, rir, levantar-se ou mover-se. 

A incontinência urinária pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em mulheres e idosos. Existem diferentes tipos dessa condição, incluindo:

  • Incontinência de esforço: ocorre quando a pressão intra-abdominal aumenta, como durante atividades físicas, e causa a perda involuntária de urina;
  • Incontinência de urgência: ocorre quando a pessoa sente uma vontade urgente e intensa de urinar, mas não consegue chegar ao banheiro a tempo;
  • Incontinência mista: ocorre quando a pessoa tem sintomas de incontinência de esforço e de urgência;
  • Incontinência por transbordamento: ocorre quando a bexiga não esvazia completamente e a urina vaza continuamente em pequenas quantidades;
  • Incontinência funcional: ocorre quando a pessoa não consegue chegar ao banheiro a tempo devido a problemas físicos ou mentais, como mobilidade reduzida ou demência.

A incontinência urinária pode ter diversas causas, como fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, lesões nervosas, obstruções, doenças neurológicas, infecções urinárias, medicamentos e alterações hormonais. É importante buscar orientação médica se esse problema estiver afetando a qualidade de vida da pessoa, pois ela pode indicar condições subjacentes que precisam de tratamento.

Por que a incontinência urinária é mais comum em mulheres?

A incontinência urinária é mais comum em mulheres do que em homens, e isso ocorre devido a algumas diferenças anatômicas e fisiológicas entre os sexos.

Uma das principais razões é a presença da uretra feminina mais curta em comparação com a masculina. Isso significa que a bexiga está mais próxima da abertura vaginal e do ânus, tornando a área do assoalho pélvico mais vulnerável a lesões durante o parto, o que pode levar a danos nos músculos e nervos. 

Outra razão é que as mulheres passam por mudanças hormonais significativas ao longo de suas vidas, como a menopausa, que pode causar uma redução na produção de estrogênio. A deficiência desse hormônio pode levar a uma diminuição na força muscular e na elasticidade dos tecidos do assoalho pélvico, o que causa incontinência urinária de esforço e incontinência de urgência.

Além disso, as mulheres têm uma maior probabilidade de sofrerem de condições que podem contribuir para a incontinência urinária, como infecções urinárias crônicas, doenças neurológicas, diabetes e obesidade.

É importante destacar, porém, que essa não é uma condição inevitável para todas as mulheres. A adoção de hábitos saudáveis bem como o tratamento adequado de condições médicas subjacentes, podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver esse quadro.

Como é o tratamento da incontinência urinária para mulheres?

Existem várias opções de tratamento para mulheres com incontinência urinária, que variam dependendo do tipo e da gravidade da condição. Aqui estão algumas das formas mais comuns:

Exercícios do assoalho pélvico

São exercícios que visam fortalecer os músculos e ajudar a melhorar o controle da bexiga. Eles são especialmente úteis para a incontinência de esforço. Um fisioterapeuta especializado pode ajudar a ensinar esses exercícios e monitorar o progresso da pessoa.

Medicamentos

Existem medicamentos que podem ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das contrações da bexiga, reduzindo assim a urgência urinária. Eles são especialmente úteis para a incontinência de urgência. No entanto, é importante lembrar que esses medicamentos podem ter efeitos colaterais e devem ser prescritos por um médico.

Dispositivos médicos

Existem dispositivos médicos disponíveis para ajudar a controlar a incontinência urinária, como cintas e dispositivos de compressão vaginal. Eles podem ajudar a apoiar a uretra e os músculos do assoalho pélvico, o que pode melhorar o controle da bexiga.

Cirurgia

Em casos graves de incontinência urinária, a cirurgia pode ser uma opção. Existem várias técnicas cirúrgicas diferentes, dependendo do tipo de incontinência e da gravidade da condição. No entanto, a operação é geralmente vista como uma última opção de tratamento e só deve ser considerada depois que outras alternativas foram exploradas.

É importante lembrar que o tratamento adequado para a incontinência urinária varia de pessoa para pessoa e pode exigir um pouco de tentativa e erro para encontrar a medida mais eficaz. É sempre recomendado que uma pessoa consulte um médico especialista para avaliar suas opções e desenvolver um plano personalizado.

Em conclusão, existem várias formas de tratamento para mulheres com “INCONTINÊNCIA URINÁRIA”, desde exercícios do assoalho pélvico até cirurgia. É importante procurar ajuda médica para avaliar as opções e encontrar a mais adequada, de acordo com o tipo e a gravidade da condição.

Esperamos que o conteúdo de hoje tenha te ajudado. Para agendar um horário com nossos profissionais, não deixe de entrar em contato.

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INFORMAÇÕES DA AUTORA:

Dra. Roberta Villa Real Especialista em Ginecologia e Obstetrícia

Formada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e com Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina.
Registro CRM-SP nº 101560.

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Gustavo de Quadros Ribeiro Especialista em Ginecologia e Obstetrícia

Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina e com Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição de ensino.
Registro CRM-SP nº 97248.