Assim que decide engravidar, a mulher precisa começar a se preocupar com os processos de transformações associados a esse período e também à saúde do futuro bebê. São muitas as preocupações que surgem nesse momento.
Dessa forma, para garantir que tudo ocorra da melhor maneira, o ideal é que a mulher procure um médico ginecologista antes mesmo da gravidez em si, para passar por avaliações que têm como objetivo identificar possíveis fatores de risco ou doenças que podem afetar o curso normal de uma gestação.
Nessa avaliação, o médico analisa todo o histórico clínico, ginecológico e obstétrico da paciente, além de realizar um exame físico e exames laboratoriais.
Quais são os exames realizados para acompanhar o crescimento e desenvolvimento do bebê?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o número de consultas para acompanhar o desenvolvimento da gravidez seja superior a seis.
Na primeira consulta, são pedidos exames como fator Rh e tipagem sanguínea, para identificar possíveis incompatibilidades entre o sangue materno e fetal. Além destes, são pedidos sorologias para doenças como o HIV, toxoplasmose, hepatite B, hepatite C, citomegalovírus, sífilis, rubéola e exames gerais de sangue e urina, para descartar risco de diabetes, alterações tireoidianas, anemia e infecção urinária.
Para confirmar a data da gestação, o médico deve solicitar uma ultrassonografia obstétrica. Através dela, ele também tem informações sobre o desenvolvimento do feto dentro do útero, se tudo está ocorrendo da maneira certa, e se a gravidez é única ou de gêmeos.
O teste de sexagem sanguínea fetal pode ser realizado a partir de 8 semanas, caso o casal deseje.
Entre a 11ª semana e a 13ª semana indica-se a realização da ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre. Trata-se do exame mais importante para estabelecer o risco de o feto ter síndrome cromossômica, como por exemplo a Síndrome de Down e também malformações. Para as pacientes com mais de 35 anos, recomenda-se o NIPT, que é um exame de sangue que detecta o DNA fetal no sangue materno, verificando o risco de síndromes cromossômicas e microdeleções. Esse teste também diagnostica o sexo fetal e pode ser feito a partir de 10 semanas.
Por volta de 16-17 semanas, costuma se realizar a ultrassonografia para a confirmação do sexo do bebê, caso seja desejo do casal. Entre 21-24 semanas é realizado o ultrassom morfológico com doppler para avaliar malformações e costuma-se complementar com um ultrassom transvaginal para aferir o colo uterino, descartando risco de trabalho de parto prematuro e também para avaliar a implantação placentária.
Entre 24-26 semanas costuma-se pedir o ecocardiograma fetal com doppler colorido para se investigar malformações cardíacas fetais.
O rastreamento de diabetes gestacional é feito através da glicemia de jejum na primeira consulta pré-natal e pela curva glicêmica entre 28-30 semanas.
No terceiro trimestre realiza-se a ultrassonografia obstétrica para avaliação do crescimento fetal, a pesquisa do estreptococo do grupo B, além das sorologias, exames de anemia, urina e controle tireoide.
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